Carros podem gerar um crescimento incrível na demanda por memória nos próximos anos

Analistas de mercado preveem que os carros inteligentes serão responsáveis por um crescimento impressionante na demanda por memórias DRAM nos próximos anos. Com os veículos ficando cada vez mais conectados e as exigências aumentando, a TrendForce prevê que o CAGR (taxa de crescimento composto anual) passe dos 30% ao longo dos próximos anos, resultado tanto da quantidade de veículos usando memória, como da quantidade de memória usada em cada veículo.

A Tesla é uma das montadoras que puxa a tendência, não pelo volume de carros que produz, mas pelo estilo dos modelos e o tanto de memória que cada um deles usa. Com carros sendo lançados capazes de rodar até games modernos, a memória que vai neles tem que acompanhar a mesma performance da CPU e da GPU, os processadores presentes em cada veículo. A Tesla tem usado memórias do tipo GDDR5 em seus carros, com números que chegam em pelo menos 8GB, sendo que o Model 3 tem ainda mais, alcançando os 14GB. É esperado que a próxima geração da montadora já lance carros com 20GB, que é bem mais do que muitos notebooks e computadores domésticos – até modelos que se consideram “gamer”.

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No geral não é comum que carros tenham tanta memória, mas a TrendForce prevê um crescimento na média também. A empresa espera que a maioria dos carros atinja pelo menos 4GB no ano de 2021, e isso vai impulsionar a demanda pelos componentes de diversas fabricantes.

É interessante notar também como as diversas fornecedoras de memória do mundo vão se adaptar à demanda. Atualmente, a maior fábrica de memórias que trabalha com carros é a Micron, mas outras clássicas como Samsung e SK Hynix também estão no páreo. Diferente de memórias para computadores e servidores, os componentes que vão em carros precisam ter melhor qualidade e durabilidade, porque geralmente os veículos são feitos para durar mais de 10 anos. No ramo da informática não tem necessidade dessa durabilidade toda porque qualquer computador fica ultrapassado num espaço de tempo tão grande.

Mas as fabricantes parecem estar dispostas ao trabalho extra de verificação de qualidade no processo de fabricação porque elas vendem o produto final para montadoras de automóveis bem mais caro do que o valor pedido no segmento da informática, aumentando suas margens de lucro o suficiente pra valer a pena.

Via: TechPowerUp