O Facebook fechou um acordo de US$5 bilhões para encerrar as investigações sobre o vazamento de dados do caso Cambridge Analytica. A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (Federal Trade Commission ou apenas FTC) já havia aprovado a negociação no dia 12 de julho, mas fez o anúncio oficial hoje, dia 24.
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A investigação iniciou em março de 2018. A votação decisiva acabou com três votos a dois. Segundo a FTC, esta é a maior multa já acordada pela comissão em um caso envolvendo privacidade em toda a sua história. Também é a maior ação contra o Facebook até o momento.
Além da multa bilionária, a organização de Zuckerberg também criará uma Comissão de Privacidade como parte do acordo. O objetivo dela será assegurar a cada três meses que as informações dos usuários estão devidamente protegidas. Caso hajam declarações falsas, ela poderá ser penalizada.
Segundo o The Washington Post, a rede social teria enganado e privado cerca de 30 milhões de usuários de informações suficientes sobre a utilização de seus dados e sobre um recurso de reconhecimento facial. A reportagem diz que o Facebook não precisará admitir qualquer tipo de culpa e que o acordo deverá ser aprovado por um juiz federal.
Securities and Exchange Commission (SEC)
Em paralelo aos US$ 5 bilhões, a Securities and Exchange Commission (SEC), reguladora do mercado de capital estadunidense, também anunciou um acordo com o Facebook por "falhas na divulgação sobre os riscos envolvendo suas práticas de privacidade". O motivo alegado é que a gigante não deixou seus investidores cientes de que desenvolvedores de programas e terceiros poderiam ter obtido dados sem permição ou ainda violando as suas políticas de privacidade. Isso pode custar algo superior a US$ 100 milhões.
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Toda essa situação faz parte do contexto de preocupação crescente do governo dos EUA em relação a privacidade das pessoas na internet. As autoridades de Washington estão se esforçando para aprovar leis de proteção antes do período eleitoral de 2020. Ontem, dia 23, por exemplo, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu uma grande investigação antitruste para verificar as práticas competitivas dos grandes nomes da tecnologia e assegurar que não estão sufocando a concorrência ilegalmente.
Via: O Globo (1), (2), (3)