Durante a "Operação Ressonância" da Polícia Federal, dois executivos de empresas de tecnologia foram presos. Essa operação é um desdobramento da investigação "Fratura Exposta" que tem objetivo de investigar esquemas de corrupção envolvendo multinacionais fornecedoras de material hospitalar, envolvidas em fraudes em licitação e formação de cartel.
Os agentes da PF compareceram nessa quarta-feira na Vila Ipojuca, Zona Oeste de São Paulo, e na sede da Philips, em Barueri, na Grande São Paulo. Um dos presos pela PF foi o atual CEO da General Electric (GE) na América Latina, Daurio Speranzini Jr, que também é ex-executivo da Philips. A prisão ocorreu por causa de sua atuação na empresa Philips no passado.
"Quaisquer investigações sobre possíveis violações dessas leis são tratadas muito seriamente pela empresa"
- disse porta-voz da Philips em comunicado.
A Philips informou em uma nota que "ainda não teve acesso ao processo, no entanto, está cooperando com as autoridades para prestar quaisquer esclarecimentos quanto às alegações apresentadas, que datam de muitos anos atrás". Um colaborador da equipe de vendas da Philips prestou esclarecimentos e disse que os "atuais líderes executivos da Philips não são parte da ação da Polícia Federal".
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Sobre a operação:
No início da operação Fatura Exposta, em abril de 2017, foram presos Sérgio Côrtes, ex-secretário de Saúde do governo Sérgio Cabral, e os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita. A operação investigava fraudes em licitações para o fornecimento de próteses para o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). Os desvios chegaram a R$ 300 milhões entre 2016 e 2017 (G1).