Tesla vende 75% dos seus Bitcoins por US$ 936 milhões

A Tesla revelou durante conferência com investidores que vendeu 75% de todos os seus Bitcoins, por US$ 936 milhões. A  venda foi motivada pelo crescimento da inflação e a situação econômica mundial, combinado com a recente queda drástica nos preços do Bitcoin. Elon Musk também aproveitou para afirmar que: "Nós não vendemos nossa Dogecoin".

Ano passado a Tesla realizou um investimento de US$ 1.5 bilhões em Bitcoin e também chegou a aceitar Bitcoin como pagamento, porém reverteu essa decisão cerca de 49 dias depois. O CEO da Tesla comentou que apesar da venda de quase toda sua reserva de Bitcoin, ele "espera ver o Bitcoin ser bem sucedido".  Durante  a conferência com investidores, a empresa informou que obteve lucro de US$ 2.26 bilhões durante o segundo trimestre, valor que representa uma queda de 31% nos rendimentos, se comparados com o valor de US$ 3.3 bilhões, obtidos no primeiro trimestre de 2022.

O valor restante que a Tesla possui em criptomoedas gira em torno de US$ 218 milhões. Para os investidores, Musk afirma que a venda "não deve ser interpretada como um veredito a cerca do Bitcoin". Segundo ele, a principal preocupação gira em torno da liquidez da companhia, devido aos recentes lockdowns que vêm ocorrendo na China devido a COVID-19. Com a crescente inflação e aumento dos preços da matéria prima utilizada na fabricação dos veículos, fez com que a situação das criptomoedas se tornasse secundária, perante as necessidades da Tesla. 

Apesar disso, Musk afirma que irá continuar investindo no mercado das criptomoedas. A cripto que surgiu como um meme, Dogecoin, continua sendo uma das apostas do bilionário, que sempre que consegue, comenta sobre o ativo digital e gera flutuações no valor da cripto.

A Tesla afirmou durante a conferência que mesmo com a redução de 31% se comparado com o primeiro trimestre de 2022, a companhia ainda está em situação melhor do que 2021, quando durante esse período apresentou rendimentos de US$ 1.1 bilhão. A empresa também informou que fabricou cerca de 15% a menos de carros, como resultado dos lockdowns que aconteceram na China e afetaram o funcionamento da fábrica em Shanghai. Pelo visto, a fabricante de carros elétricos e painéis solares está tomando medidas para não correr riscos financeiros durante a complicada situação econômica mundial. 

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