Criada em 2016 - em uma época que o Twitter também estava em ameaça da venda - a Mastodon, rede rival do pássaro azul, teve um aumento massivo de novos usuários nos dias após a finalização do acordo da concorrente com Elon Musk.
O negócio gerou intensos debates nas mídias sociais, algumas pessoas acreditam que foi bom por conta do sul-africano ser um defensor ferrenho da liberdade de expressão. No entanto, outras temem monopólio de informações e mudanças por parte do dono da Tesla.
Eugen Rochko, programador, fundador e CEO da Mastodon, disse em postagem na sua rede que foram registrados 106723 usuários ativos mensais em março, sendo 93603 contas novas. Isso representou um aumento de 42% na 'audiência' do site.
O site funciona como uma plataforma descentralizada e código aberto baseado em protocolos web, ou seja, os desenvolvedores são livres para criar aplicativos que a utilizem.
A mídia social foi criada por Rochko após ele discordar de algumas ações da diretoria do Twitter na época e tem conceito parecido com o da concorrente. Os usuários são donos de microblogs, onde publicam textos com poucos caracteres chamados de 'toots' que podem ser respondidos, compartilhados ou favoritados.
No entanto, eles não são idênticos: o Mastodon conta com o recurso comunidades antes da rede de Musk e resgata recursos antigos, como contas vinculadas a e-mails.
O aplicativo oficial da plataforma registrou ao menos cinco mil vezes mais downloads nas lojas online para iOS e Android. Em menos de uma semana, atingiu 10% do número total de vezes que foi baixado desde sua criação, há seis anos.
Musk pode desistir do Twitter
Apesar do acordo para compra do Twitter ter sido dada como finalizada, corre pelos bastidores a possibilidade, mesmo que pouco comentada, de Musk desistir da ideia. O motivo tem relação com a Tesla.
Após a aquisição ter sido anunciada, as ações da fabricante de carros elétricos despencaram por conta do alto custo do negócio - pois para fechá-lo, o sul-africano poderia ter que vender algumas 'fatias' da organização, de acordo com analistas da Reuters.
Os obstáculos não são apenas financeiros. A Tesla tem importante relação com a China, um de seus principais mercados e fornecedor de baterias para os carros elétricos que produz. O país tem o Twitter bloqueado em seu território e já teve desentendimentos com a rede por conteúdos relacionados a protestos em Hong Kong.
A União Europeia é outra entidade 'de olho' no Twitter. Ela quer que a empresa fiscalize quaisquer conteúdos ilegais ou prejudiciais, bem como a disseminação de fake news. No começo desta semana, o parlamento do velho continente finalizou um pacote de leis que pode punir as big techs em caso de desrespeito das diretrizes.
Segundo Lauren Silva Laughlin e Gina Chon, colunistas da Reuters, o mercado antecipa uma possível desistência de Musk, por conta da diminuição do preço de oferta das ações da rede e algumas publicações do empresário que dão a entender uma perda de interesse.
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Fonte: ShowbizCast