Apesar do acordo entre Elon Musk e Twitter para compra da rede social por parte do empresário por US$ 44 bilhões, corre pelos bastidores a possibilidade, mesmo que pouco comentada, do sul-africano desistir da ideia. O motivo tem relação com outra de suas companhias: a Tesla.
Após a aquisição ter sido concluída, as ações da fabricante de carros elétricos despencaram por conta do alto custo do negócio - pois para fechá-lo, o CEO poderia ter que vender algumas 'fatias' da organização, de acordo com analistas da Reuters.
Caso se confirme, essa não seria a primeira vez que Musk cancela um negócio, caso confirmada a desistência. Em 2018, ele prometeu criar uma empresa de biscoitos para concorrer com a já consagrada See's Candies, do filantropo americano Warren Buffet, mas voltou atrás pouco tempo depois.
Pesa a favor do homem mais rico do mundo o investimento garantido pela empresa de financiamento Morgan Stanley. Além disso, caso alguma das partes cancele o acordo, deverá pagar uma taxa de US$ 1 bilhão.
A relação Tesla & China vs. Twitter
Os obstáculos não são apenas financeiros. A Tesla tem importante relação com a China, um de seus principais mercados e fornecedor de baterias para os carros elétricos que produz. O país tem o Twitter bloqueado em seu território e já teve desentendimentos com a rede por conteúdos relacionados a protestos em Hong Kong.
Jeff Bezos, CEO da Amazon, questionou a influência da nação asiática na rede social e palpitou que isso seria um caso complexo para Musk - que defende a liberdade de expressão com unhas e dentes - resolver, mas acredita em sua habilidade para isso.
"Minha própria resposta a esta questão [se haverá interferência da China] é provavelmente que não", disse ele no tuite. "O resultado mais provável a esse respeito é a complexidade no país para a Tesla, em vez de censura no Twitter."
"Veremos. Musk é extremamente bom em lidar com esse tipo de complexidade", acrescentou, citando no começo da conversa uma publicação de um repórter do jornal americano The New York Times sobre o assunto.
A União Europeia é outra entidade 'de olho' no Twitter. Ela quer que a empresa fiscalize quaisquer conteúdos ilegais ou prejudiciais, bem como a disseminação de fake news. No começo desta semana, o parlamento do velho continente finalizou um pacote de leis que pode punir as big techs em caso de desrespeito das diretrizes. Confira mais aqui.
Segundo Lauren Silva Laughlin e Gina Chon, colunistas da Reuters, o mercado antecipa uma possível desistência de Musk, por conta da diminuição do preço de oferta das ações da rede e algumas publicações do empresário que dão a entender uma perda de interesse.
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Fonte: Reuters