Terremotos são comuns em nosso planeta e já afetaram muitos países ao longo da história da humanidade. No entanto, você sabe qual foi o maior de todos e seu estrago? Arqueólogos da Universidade de Southampton, na Inglaterra, descobriram o detentor do título: um tremor de magnitude de até 9,6 na escala Richter, ocorrido no Chile há muito tempo atrás.
Segundo os pesquisadores, o que foi chamado de "mega sismo" causou muitos danos no momento em que aconteceu e, como de costume, com o tsunami que o acompanha logo depois - este estimado em um tamanho de oito mil quilômetros. O estudo foi publicado na revista científica Science Advances.
O terremoto registrado no que hoje é o norte do Chile teve seus 'detritos' datados em ao menos 3,8 mil anos e ocorreu após uma placa tectônica abalar a região litorânea. A onda gigante que veio na sequência foi tão forte que chegou à Nova Zelândia e arremessou rochas do tamanho de carros a distâncias absurdas.
A ruptura causada pelo tremor tem mais de 1000 km e surpreendeu os cientistas responsáveis pelo estudo, já que a do recordista anterior chegou a no máximo 800 km.
“Antigamente, pensava-se que não poderia haver um evento deste tamanho no norte do país simplesmente porque uma ruptura longa do tipo nos parecia impossível”, comentou James Goff, um dos autores da pesquisa e geólogo da Universidade de Southampton, conforme relatado pelo Olhar Digital.
“Não só encontramos evidências de sedimentações e fósseis de animais marinhos que estariam vivendo tranquilamente no mar antes de serem arremessados, como também encontramos tudo isso em pontos muito altos e bem ‘para dentro’ do continente."
"Não tem como eles terem chegado lá com uma tempestade comum", acrescentou Goff.
Evidências foram encontradas no Deserto do Atacama
As evidências citadas pelo pesquisador foram encontradas na região litorânea do Deserto de Atacama, local impressionante para onde os detritos foram lançados com o terremoto.
Os objetos encontrados na região - de 600 km na costa ao norte do Chile - tiveram sua idade medida através de identificação de carbono-14 e indicam 3,8 mil anos.
Logicamente, o evento também afetou os humanos que viviam por lá. De acordo com Goff, os danos à população se estenderam por muitos anos, não apenas ao momento do abalo.
“A população local foi deixada com nada”, disse o cientista. “Nosso trabalho encontrou sinais de que um enorme deslocamento social sucedeu o evento, com as comunidades se movendo para dentro do continente e longe da abrangência do tsunami."
"Demorou cerca de mil anos até que as pessoas voltassem ao litoral para criar novos assentamentos, o que é um período bem longo considerando que eles dependiam do mar para comer", concluiu Goff.
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Fonte: Olhar Digital