A Viasat, empresa norte-americana que disponibiliza internet via satélite para algumas regiões na Europa, sofreu um ciberataque recentemente. No início de março, vários usuários do continente europeu não conseguiram acesso à internet, de acordo com as informações compartilhadas pela agência Reuters. O início dos ataques foram registrados no dia 24 de fevereiro. Esse dia foi marcado pelo início das invasões das forças militares russas na Ucrânia - um dos países que tinham acesso aos serviços em questão. Especialistas estão analisando uma possível participação do governo da Rússia no hackeamento do satélite.
Apesar de não ser simples, esse tipo de ataque é possível, e algumas demonstrações da China e da própria Rússia já confirmaram isso recentemente. O alvo para um ataque cibernético de grande escala é a base terrestre que se conecta ao satélite. Os equipamentos são responsáveis por controlar e distribuir corretamente o sinal.
(Créditos: viasat.com / Mundo Conectado)
Para que esse acesso seja possível, os invasores precisam saber o método de criptografia e ter acesso às senhas - parte mais complexa do procedimento. Caso consigam invadir, é possível afetar algumas funcionalidades importantes do dispositivo, como forçar o reinício, regular a órbita ou mesmo rotacioná-lo.
Os níveis de proteção de um equipamento tão potente não são tão simples quanto invasões corriqueiras, em outros aparelhos comuns, como roteadores. Contudo, com tempo, talento e investimento, não é uma tarefa impossível para um grupo de hackers treinados. Segundo Annibal Hetem Junior, professor de propulsão aeroespacial da Universidade Federal do ABC (UFABC), diretamente para o Portal UOL:
A senha de um satélite que presta serviço para a Europa inteira, por exemplo, é algo certamente valioso do ponto de vista estratégico, principalmente em tempos de guerra.
De acordo com os profissionais da Viasat, apesar de, em um primeiro momento, terem desconfiado de um ataque DDoS, concluíram que os hackers aproveitaram uma configuração incorreta na seção de gerenciamento da rede de satélites - e, com isso, conseguiram acesso remoto aos modems.
Por motivos de segurança, detalhes adicionais sobre a brecha não serão repassados publicamente. O fato de terem identificado a origem da invasão facilita para outras empresas conseguirem aprimorar a segurança de equipamentos similares.
O resultado do ataque
De toda forma, o estrago causado pelos invasores foi considerável. Quando o satélite KA-SAT foi invadido, milhares de modens foram desconectados no continente europeu - que foi a única área afetada, e não atrapalhou os usuários nos Estados Unidos.
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Por volta de 5.800 turbinas eólicas na Europa Central e Alemanha foram desligadas com a conexão interrompida subitamente. A companhia analisou a situação e concluiu que os dados dos clientes não foram comprometidos, e a infraestrutura da rede principal permanece intacta, assim como as estações terrestres que transmitem os dados do satélite para a rede local. No dia 11 de março a rede foi estabilizada.
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Via: (Satélite Hackeado) uol.com.br Fonte: (Problemas gerados pelos Hackers) uol.com.br, techcrunch.com, viasat.com