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Antivírus Kaspersky é considerado ameaça à segurança nacional dos EUA

Empresa afirma que a medida está sendo tomada por motivos políticos sem uma análise do seu produto

As sanções dos Estados Unidos para as empresas chinesas estão se expandindo para mais um país: a Rússia. Na última sexta-feira (25) a Comissão Federal de Comunicações (FCC) adicionou a empresa Kaspersky Lab a sua lista de empresas “non grata”, afirmando que a empresa de segurança cibernética traz um risco inaceitável para o país.

Essa é a primeira vez que uma empresa russa é adicionada a ‘Covered List’, que conta com empresas como a Huawei, ZTE e outras gigantes da China. Por causa dessa decisão, as empresas norte-americanas não podem usar o subsídio de US$ 8 bilhões do Fundo de Serviço Universal, solicitado pela FCC para implementar telecomunicações em áreas rurais, para comprar os produtos da desenvolvedora de programas de segurança.

Segundo Brendan Car, comissário da FCC, essa medida contra a Kaspersky Lab ajudará os EUA a proteger as suas redes de “ameaças representadas por entidades apoiadas pelo Estado chinês e russo que buscam se envolver em espionagem e prejudicar os interesses da América”.


Créditos: Reprodução Kaspersky 

A Kaspersky diz estar desapontada com a decisão do governo, afirmando que nenhuma avaliação do seu produto foi feita para isso. Em uma nota oficial a empresa afirma que “esta decisão não se baseia em nenhuma avaliação técnica dos produtos Kaspersky – que a empresa defende continuamente – mas está sendo tomada por motivos políticos.”

Um dos pontos citados pela FCC é as proibições tomadas em 2017 contra a utilização dos softwares da empresa em entidades federais e contratados federais. A empresa afirma que na época as alegações do presidente Donald Trump eram infundadas e sem nenhuma evidência, tornando as medidas tomadas na semana passada “igualmente infundada e é uma resposta ao clima geopolítico”.

A Kaspersky aponta que continuará garantindo para seus parceiros e clientes uma qualidade e integridade dos seus produtos, e trabalhará para cooperar com agências governamentais dos EUA para atender os pedidos da FCC ou qualquer outra agência reguladora. Apesar de ser o motivo da proibição citado pela empresa, o governo não citou a invasão da Ucrânia como motivo para essa represália, mas essa é a primeira medida tomada contra uma gigante da tecnologia da Rússia após o começo da invasão.

Via: kaspersky, Engadget