A Agência Espacial Europeia (ESA), anunciou que é "pouquíssimo provável" que a missão ExoMars 2022, realizada em parceria com a Roscosmos, agência espacial russa, aconteça neste ano. A ESA justificou o adiamento pelas sanções impostas à Rússia após a invasão à Ucrânia. É o segundo adiamento da missão desde 2020
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Sanções impedem realização de parceria entre as agências
A ESA explicou que as consequências das sanções, aliada ao contexto atual de conflito armado, não permitirão que a Rússia cumpra a parceria com a Europa. A agência europeia utilizará o foguete russo Proton para o lançamento da missão ExoMars 2022, a segunda etapa do projeto de exploração de Marte e que levará o primeiro rover europeu para o planeta vermelho.
Em 2016, na primeira etapa da missão, uma sonda espacial foi levada para o planeta. Ainda em 2016, a ESA enviou um equipamente de pouso para avaliar a tecnologia de pouso. O equipamento se chocou na aterrisagem. O rover carregado pela ExoMars 2022, batizado de Rosalind Franklin, terá como objetivo encontrar evidências de vida no passado de Marte. A viagem, que demorará 9 meses, foi adiada pela primeira vez em 2020 devido ao início da pandemia de Covid-19.
Diretor da Roscosmos falou sobre fim da parceria com a NASA
Na sexta-feira, Dmitry Rogozin, diretor da Roscosmos, disse que disse que as sanções na indústria aeroespacial russa impactariam a Estação Espacial Internacional (ISS). A Roscosmos desenvolveu o sistema responsável por corrigir a órbita da Estação Espacial. Esses propulsores controlam a altitude, posição e orientação da ISS, ajudando também a desviar a estação de lixo espacial e dar um impulso para que ela se mantenha em órbita. Rogozin declarou que se a Rússia "sair fora" do projeto, os Estados Unidos teriam um grande objeto podendo cair em alguns lugares do planeta sem controle nenhuma. A ISS não passa sobre a Rússia, mas sobrevoa a China, Estados Unidos e a Índia, por exemplo.
Caso a Roscosmos pule fora da parceria da ISS, não seria uma queda imediata da estação. Demoraria alguns anos, e até isso acontecer, a NASA teria desenvolvido seu próprio sistema. Atualmente, as espaçonaves de carga da Roscosmos são responsáveis por dar os impulsos, mas em abril a espaçonave de Cygnus, da empresa americana Northrop Grumman, realizará testes de impulsão na estação espacial. A Rússia também depende da NASA: a agência americana é responsável pela energia da ISS, e a Roscosmos não vai querer jogar fora seus módulos.
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Fonte: AP News