"Tchu tchu tchu pá", essa onomatopeia é conhecida por todos os brasileiros que eram jovens em meados dos anos 90. Compadre Washington e o grupo É o Tchan ganharam muito dinheiro com as canções de sucesso e agora é a vez de investidores também ganharem com elas.
Agora, eles poderão diversificar sua carteira apostando no Axé da Bahia. Isso porque a Músicas do Brasil, braço da Hurst Capital, adquiriu os direitos aos royalties de 766 obras e 257 fonogramas de sucessos do ritmo baiano. De acordo com projeções da empresa, a operação gere aos investidores a inflação (corrigido pelo IPCA) somado a taxa de 15,17% ao ano.
“O investimento em royalties de música é uma antecipação dos direitos autorais que os compositores e intérpretes têm direito de receber todas as vezes que uma música é executada, publicamente ou pela internet”, explicou o CEO da Hurst, Arthur Farache em entrevista ao Estadão.
Hurst Capital explicou que faz o pagamento antecipado ao artista pelos royalties com base em um histórico de reprodução. Assim ficam livres para negociar com um investidor e será ele que receberá o pagamento mensal de acordo com o resultado das canções. “O investidor antecipa o valor para o artista e vai receber ao longo de um período o que essas músicas renderem nas plataformas de streaming, na rádio, na TV, nos shows”, disse Farache.
O catálogo de axé da Hurst conta com as composições de Pierre Onassis e de Dito de Carvalho, com músicas conhecidas como “A Nova Loira do Tchan” “Dança da cordinha” (ambas sucessos do É o Tchan) e “Vai sacudir, vai abalar” (hit do grupo Cheiro de Amor).
E como investir?
Para comprar os royalties musicais, como as músicas do É o Tchan, o investidor precisa criar uma conta na plataforma da Hurst, onde poderá depositar a quantidade de dinheiro que quiser e direcionar para o ativo que preferir. O valor mínimo para investimento é de R$ 10 mil.
Farache comentou que 98% dos investidores que estão na Hurst são isentos do imposto de renda. Isso porque o retorno gerado não ultrapassa o limite de R$ 35 mil. O CEO da empresa também falou sobre as vantagens que este tipo de investimento tem.
“Não dá para dizer qual é o investimento mais volátil, mas dá para dizer que o nosso é muito menos correlacionado com índices de mercado. O retorno do investidor se dá pelo número de vezes que as músicas do catálogo são ouvidas. Se o juros ou a bolsa sobem ou descem, isso não impacta muito”, explicou.
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Fonte: Estadão
