Astrônomos da Universidade do Arizona publicaram um estudo na Communications Earth and Environment, uma revista científica, que relaciona a origem do asteroide Kamo`oalewa à lua. Descoberto em 2016, o objeto possui uma órbita muito próxima da Terra e em diversos momentos fica muito chega a 14 milhões de Km de distância, sendo classificado como um Near-Earth Object (NEO). Também considerado como quase um satélite, o Kamo`oalewa tem seu afélio em abril, período em que os cientistas o observaram para estudar a sua formação.
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A primeira pesquisa sobre o Kamo`oalewa (cujo nome de origem Havaiana significa "fragmento que desaparece") foi programada para abril de 2020. A pandemia adiou os planos da observação no ano passado, já que a única época para observá-lo é nesta data. O significado do nome lembra o personagem Mestre dos Magos: por passar entre a terra e o sol (e ser do tamanho de uma roda gigante), ele aparece e some da nossa visão. A equipe da Universidade do Arizona, liderada pelo cientista planetária Ben Sharkey, retornou os estudos em abril deste ano, no Large Binocular Telescope (LBT), gerido pela própria Universidade.
Fonte: Addy Graham/University of Arizona
Para chegar a conclusão de que, muito provavelmente, ele é um pedaço da lua, os cientistas compararam seu brilho, através de espectroscopia, com os das rochas lunares coletadas nas missões do Programa Apollo. O resultado foi idêntico, um "match" espacial. Fora isso, já era de conhecimento dos astrônomos que há 500 anos o Kamo`oalewa está em uma órbita estável com a terra, o que faz dele um quase-satélite. Outros objetos do tipo não costumam ter uma estabilidade tão longa.
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E quais são os próximos passos? Renu Malhotra, co-autora da pesquisa, seguirá adiante com uma pesquisa para tentar descobrir a origem, o motivo da separação entre Kamo`oalewa e a Lua. Provavelmente os resultados dessa pesquisa só serão publicados após abril de 2022, quando o asteroide ficar mais perto da terra novamente.
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Via: EurekAlert!/Universidade do Arizona, Gizmodo