O Governo Federal acaba de anunciar novas medidas para a cobrança do consumo de energia dos brasileiros. Na última terça-feira, dia 31, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) divulgou a "bandeira tarifária escassez hídrica", que aumenta em quase 50% o valor então cobrado na bandeira 2. O valor sai de R$ 9,42 para R$ 14,20 por cada 100 kW/h consumidos.
Economia de energia trará bônus de menos de R$ 1 por kWh
As regras sobre o bônus na conta de luz ainda não foram definidas pelo governo federal
A nova cobrança entra em vigor a partir da quarta-feira, dia 1 de setembro. A previsão da Aneel é de que a tarifa se mantenha até 30 abril de 2022. Ou seja, a conta permanecerá mais alta pelos próximos sete meses. Essa é uma mudança do que era feito até hoje, quando a cor da bandeira era definida mensalmente, dependendo do consumo e produção de energia no país.
Ao total, o aumento é de 49,63%, em relação a bandeira 2, que já era, até então, a mais cara. O sistema aderido pelo Brasil inicia com a bandeira verde, sem custos adicionais e passa para a amarela, com custo de R$ 1,87. Em seguida, inicia a bandeira vermelha, que sobe o preço da conta de luz para R$ 3,97, ela foi dividida também na bandeira vermelha 2, com custo ainda mais alto, de R$ 9,42, sempre considerando cada 100 KWh consumidos. Essa última era a que estava em vigor até o final de agosto.
O motivo do aumento, segundo o governo federal, é a piora da crise hídrica, devido as secas. As chuvas na região sul ficaram abaixo do previsto - que já não era uma visão otimista -, impactando, diretamente, na geração de energia das hidroelétricas, principal fonte de energia no Brasil. Para suprir o déficit está sendo necessário comprar energia de termoelétricas, que possuem o custo mais alto e, fazer a aquisição de países vizinhos, o que também resulta em preços maiores.
"Assim, tendo em vista o déficit de arrecadação já existente, superior a R$ 5 bilhões, e os altos custos verificados, destacadamente de geração termelétrica, foi aprovada determinação para que a ANEEL implemente o patamar específico da Bandeira Tarifária, intitulado “Escassez Hídrica”, no valor de R$ 14,20 / kWh, com vigência de 1º de setembro de 2021 a 30 de abril de 2022"
- Governo Federal em nota para a imprensa.
"Assim, tendo em vista o déficit de arrecadação já existente, superior a R$ 5 bilhões, e os altos custos verificados, destacadamente de geração termelétrica, foi aprovada determinação para que a ANEEL implemente o patamar específico da Bandeira Tarifária, intitulado “Escassez Hídrica”, no valor de R$ 14,20 / kWh, com vigência de 1º de setembro de 2021 a 30 de abril de 2022"
- Governo Federal em nota para a imprensa.
Além do aumento do preço, outras medidas estão sendo feitas para diminuir o consumo. Órgãos públicos federais estão com meta de redução de 20%, para diminuir custos. Também foi divulgado a possibilidade de descontos na conta dos consumidores que reduzirem seu consumo, mas não está muito claro como e de que forma isso irá ocorrer. As ações começaram a ser anunciadas durante 2021.
O Brasil vive hoje a pior seca dos últimos 91 anos. Apesar de problemática, especialistas climáticos já previram o problema. “Essa crise atual vem sendo veiculada já desde o final do ano passado", informa o climatologista e professor de ciências atmosféricas da USP, Pedro Leite da Silva Dias, em entrevista ao Fantástico. Ainda assim, um plano de ação para evitar desabastecimento não foi enviado pelo governo federal.
Via: G1.....
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