As agências espaciais da Rússia e da China divulgaram nessa semana o fechamento de um acordo para construírem juntas uma estação espacial na Lua. A International Scientific Lunar Station deve orbitar nosso satélite natural e realizar uma variedade de experimentos, podendo inclusive ficar um bom tempo sem a presença de humanos, de acordo com os planos dos países.
A decisão da Rússia em se aliar à China para a criação dessa estação marca também um distanciamento do programa espacial do país com a NASA, dos EUA. A agência espacial norte-americana também tem planos de construir uma estação lunar, através de um programa chamado Gateway, e a Rússia estava convidada a participar, oferecendo eclusas de ar para a estação. Depois de um tempo considerando a oferta, a Rússia decidiu recusar e se aliar à China para sua presença na Lua.
Segundo declarações da Roscosmos a agência espacial russa, a International Scientific Lunar Station vai ser um complexo de instalações experimentais que vão realizar diversos tipos de pesquisa. A estação vai ser feita na superfície "e/ou" na órbita lunar, podendo ser operada a longo prazo sem ninguém a bordo, com o objetivo de manter uma presença humana na Lua.
(Créditos: Yegor Aleyev para a TASS)
O programa espacial chinês virou uma espécie de "competidor" com a NASA por causa de uma lei estabelecida pelos EUA mesmo, em 2011, proibindo sua agência espacial de trabalhar com a China. Então tanto a NASA como a agência chinesa competem por parcerias ao redor do mundo para suas missões espaciais.
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A Rússia trabalha com a NASA há anos, mas a Roscosmos achou "impraticável" o volume da participação russa no suprimento de eclusas de ar para a estação. É possível especular também que a agência russa quer ter uma participação maior no estabelecimento da estação, ou que a China ofereceu vantagens mais interessantes no acordo.
A NASA se pronunciou sobre a decisão da Rússia depois do acordo, informando ao The Verge que não mudou seus planos no programa Gateway. Eles ainda pretendem lançar sua estação em 2028, e vão apenas procurar outro parceiro para oferecer as eclusas.
Fonte: The Verge