Alguns cientistas da Universidade do Estadual de Michigan descobriram que a explosão de estrelas criam mais átomos de carbono, que dão vida, mais rápido do que se pensava. Porém essa descoberta muda diversas certezas na ciência, principalmente relacionada às atuais teorias de criação de elementos e vai incentivar novas áreas de pesquisa em astronomia e fusão.
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Sendo um dos elementos mais abundantes na Terra, o carbono é criado através de uma reação de fusão “alfa tripla”, através da explosão de estrelas supernovas. O termo “alfa” utilizado descreve um núcleo de átomo de hélio composto por dois prótons e dois nêutrons. Quando ocorre a fusão de três átomos de hélio, é formado um carbono, com um total de seis nêutrons e seis elétrons.
Porém esse tipo de reação de fusão é bastante ineficiente, ao menos que haja algum fator ajudando. Através de modelos realizados em supercomputadores, cientistas descobriram que o excesso de prótons encontrados nas regiões mais internas de uma supernova pode estar influenciando a fusão.
Segundo relatado pelos pesquisadores, essa abundância de prótons pode acelerar as reações de fusão alfa-triplo, podendo gerar até 10 vezes mais carbono do que o esperado.
Veja toda a pesquisa realizada pelos cientistas da Michigan State University.

Com isso o mistério de átomos de carbono extra no universo pode estar sendo resolvido, porém, como quase tudo na ciência, essa descoberta cria outra dúvida. Isso porque os cientistas acreditavam que esses prótons em excesso criavam certos tipos de isótopos mais pesados de rutênio e molibdênio, que estão presentes em certa abundância na Terra.
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Segundo o co-autor do estudo e professor da Michigan State University, Luke F. Roberts, acreditava-se que não se “ faz esses elementos em outros lugares”, sem ser em supernovas. Essa descoberta significa que esses isótopos são feitos em outros lugares, mas não sabemos exatamente onde.
Porém esse tipo de dúvida é bastante normal na ciência e, como afirmou o líder do projeto e ex-diretor do Laboratório Nacional de Ciclotron de Supercondutores dos Estados Unidos, Sam Austin, “O progresso vem quando há uma contradição.”
Agora os cientistas devem se preparar para descobrir mais sobre esses isótopos, mesmo sem saber onde procurar, principalmente por não ser nada “fácil encontrar alternativas”, como falado pelo co-autor Hendrik Schatz. Mas ele continua que mesmo que a nova teoria possa ter acabado com “nossa teoria favorita”, irá gerar um novo campo de pesquisa bastante interessante na ciência.
Via: Engadget Fonte: Michigan State University