Apple foi multada pela Autorità Garante della Concorrenza e del Mercato (AGCM), orgão italiano que regula a concorrência do mercado, por fazer alegações enganosas sobre a resistência à água dos iPhones. Os modelos de smartphones que foram citados pela a agência remontam desde o iPhone 8 e 8 Plus, lançados em 2017.
No comunicado, que foi publicado na segunda-feira, a AGCM afirmou que a empresa não foi clara sobre suas reivindicações, que vendia os iPhones como resistentes à água durante anos. Mas a empresa nunca esclareceu que essa resistência era apenas em circunstancia específicas.
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O órgão regulador afirmou que modelos iPhone 8, iPhone 8 Plus, iPhone XR, iPhone XS, iPhone XS Max, iPhone 11, iPhone 11 Pro e iPhone 11 Pro Max eram vendidos com resistente à água, mas que não passaram por um teste mais abrangente.
A Apple nunca esclareceu que a resistência era “encontrada apenas na presença de condições específicas, por exemplo durante testes laboratoriais específicos e controlados com a utilização de água estática e pura, e não nas condições normais de utilização do dispositivos pelos consumidores.”
Além das alegações de enganação no marketing, o AGCM também criticou que a Apple praticava exoneração de responsabilidade. Segundo o órgão regulador, a empresa enganou os consumidores quando fez uma campanha de marketing enfatizando a resistência à água, mas não oferecendo garantia em problemas relacionado por líquidos.
Devido a essas alegações a Apple foi multada a pagar uma multa de € 10 milhões, aproximadamente R$ 62 milhões em conversão direta, e adicionar um aviso em seu site italiano por meio de um link para as 'Informações de proteção ao consumidor'. A empresa não comentou sobre a multa, mas faz algum tempo que a empresa está adicionando, nas letrinhas miúdas, conselhos para não se banhar utilizando os iPhones.
Essa é a segunda vez que a gigante de Cupertino bate de frente com a AGCM . Anteriormente a empresa foi multada por 5 milhões de euros no caso de reduzir o desempenho dos Iphones, que apresentam problemas nas baterias. Inclusive esse caso acabou se desenrolando como “batterygate” nos Estados Unidos, que culminou em um acordo de US$ 500 milhões da empresa com a justiça para finalizar o caso.
Via: Cnet, 9to5mac, The Verge Fonte: AGCM