A greve dos funcionários dos Correios, iniciada no dia 17 de agosto, vai a julgamento pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho) no dia 21 de setembro, depois de não encontrar acordo. Trabalhadores e empresários tiveram uma audiência no último dia 11, sexta-feira, mas não foi possível avançar as negociações.
A audiência, realizada por meio de chamada online, foi convocada pela ministra Kátia Arruda, do TST. A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (FENTECT) representou os grevistas no debate com os diretores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Segundo a FENTECT, não foi possível avançar a discussão porque a ECT não trouxe nenhuma nova proposta e segue irredutível em sua decisão de não acatar dezenas de cláusulas do acordo firmado com os trabalhadores no ano passado.
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O acordo de 2019 contém 79 cláusulas, mas, alegando dificuldades econômicas por causa da pandemia, a empresa dos Correios estaria disposta a manter somente 9 delas. De acordo com os trabalhadores em greve, entre as 70 cláusulas removidas são retirados acordos em adicionais de risco, licença-maternidade, indenização por morte, auxílio-creche e outros benefícios. Os funcionários também se posicionam fortemente contra a privatização dos Correios, que tem sido defendida pelo governo atual.
Os Correios não apresentaram nova proposta, então seguem dispostos a derrubar dezenas de cláusulas do acordo passado, devido à sua alegada situação financeira. Os trabalhadores optaram por seguir em greve, que chegou ao seu 26º dia hoje, sábado.
Arruda deu o prazo de cinco dias para que advogados de qualquer uma das partes se manifeste com uma nova proposta de acordo para encerrar a greve. Se nenhuma opção aparecer nesse período, segue a decisão de levar a discussão para julgamento de dissídio, no dia 21 de setembro, uma segunda-feira.