Uma atualização recente para o antivírus Microsoft Defender (ex-Windows Defender) do Windows 10 introduziu uma novidade bem específica: ele agora pode fazer o download de arquivos usando sua ferramenta da linha de comando MpCmdRun.exe. O recurso em si não é malicioso, mas o problema é que ele também pode ser explorado para fazer com que o antivírus baixe malwares para o computador do usuário.
Descoberto pelo pesquisador de segurança Mohammad Askar, a atualização recente para a ferramenta de linha de comando do antivírus Microsoft Defender introduziu o novo argumento “-DownloadFile”. Este argumento permite que um usuário local no Windows 10 utilize a ferramenta MpCmdRun.exe para baixar um arquivo a partir de um local remoto usando um comando que segue o modelo abaixo:
Reprodução/BleepingComputer
Testes mostraram que este recurso foi adicionado ao Microsoft Defender na versão 4.18.2007.9 ou 4.18.2009.9 do antivírus do Windows 10:
Reprodução/BleepingComputer
Como é possível ver no teste abaixo feito pelo site BleepingComputer, a ferramenta foi capaz de baixar o arquivo "resources.exe", uma amostra do ransomware WastedLocker usado recentemente em um ataque contra a Garmin:
Reprodução/BleepingComputer
A boa notícia é que o Microsoft Defender detectará quaisquer arquivos maliciosos baixados usando a ferramenta MpCmdRun.exe. Outro detalhe é que é necessário que o usuário esteja logado localmente para executar o comando. Com essa descoberta, administradores e pesquisadores de segurança agora tem mais um executável do Windows que precisa ser monitorado para que não seja explorado por atacantes.
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Vale lembrar que problemas introduzidos por atualizações do Microsoft Defender não são uma novidade para os usuários. Em março, por exemplo, uma atualização para o antivírus da Microsoft fez com que ele passasse a exibir uma mensagem indicando que arquivos não foram verificados por ele.
Já em abril outra atualização fez com que o antivírus passasse a apresentar erros quando o usuário optava por executar uma verificação completa do computador. Neste caso, a solução de segurança do Windows 10 ficava “presa” em um ponto específico da verificação e isso fazia o serviço principal do antivírus ser encerrado inesperadamente. Se o usuário acessasse o Visualizador de Eventos do Windows, ele veria que o serviço foi encerrado com um erro genérico "General access denied error".
Microsoft Defender (ex-Windows Defender) no Windows 10
(Reprodução/Fabio Rosolen)