O empresário Elon Musk fez uma pequena demonstração de como irá funcionar sua tecnologia que promete aumentar as capacidades cerebrais do ser humano em uma transmissão de sua startup de neurociência Neuralink. O objetivo da pesquisa é implementar um chip no cérebro de uma pessoa para ajudá-la a curar doenças como Alzheimer ou até mesmo controlar dispositivos eletrônicos. De acordo com ele, a iniciativa é uma "jornada para capacitar humanos com superpoderes".
Por enquanto, o chip está sendo testado em cobaias animais que demonstraram respostas sensoriais nas leituras do dispositivo. Musk afirmou que seus cientistas conseguiram conectar uma porca a um computador por dois meses por meio de um pequeno sensor com cerca de 8 milímetros de diâmetro.
Três porquinhos estiveram na demonstração: Joyce (sem o chip), Dorothy (que teve o implante removido) e a porquinha chamada Gertrude, que conta com seu sensor há dois meses. Enquanto Gertrude se movia, uma área de seu cérebro relacionada ao focinho transmitia sinais. Quando ela farejava algo, por exemplo, o gráfico no computador mostrava sinais intensos.
O dispositivo desenvolvido pela Neuralink é, basicamente, uma pequena sonda com mais de 3 mil eletrodos conectados a fios mais finos os de cabelo humano. A sonda pode monitorar a atividade de mil neurônios cerebrais. Para comparação, o cérebro humano tem cerca de 86 bilhões de neurônios.
"É como ter uma Fitbit no seu crânio, com pequenos fios conectados ao cérebro", disse Musk
O empresário declarou ainda que "todos [os animais] estão saudáveis, felizes e sem diferenças em relação a um porco normal". A demonstração com Dorothy, por exemplo, serviu para demonstrar que o chip não "danificaria" o cérebro ou a saúde de alguém que quisesse removê-lo depois de um tempo.
O implante cerebral é menor em relação à versão anterior, e apresentou um progresso significativo para o objetivo principal da Neuralink. O chip é colado no crânio em uma cirurgia rápida que, no futuro, poderá ser feita completamente por robôs.
O projeto de Elon Musk propõe que o cérebro humano seja conectado com máquinas externas. Isso permitiria que equipamentos fossem controlados apenas com o pensamento. As possibilidades são inúmeras, desde coisas simples do dia a dia, como checar a previsão do tempo, até auxiliar pessoas com diferentes necessidades especiais.
Via: Terra Fonte: Neuralink