De acordo com informações da Reuters, o TikTok não estará mais disponível em Hong Kong a partir dos próximos dias. O motivo para essa decisão foi a recente aprovação da controversa lei de segurança na cidade semi-autônoma pelo governo chinês.
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Basicamente, a nova lei de segurança na China representa uma tentativa do governo local de exercer mais controle sobre sua Internet, exigindo que empresas que operam na região entreguem dados de usuários, por exemplo. O TikTok, por sua vez, é propriedade da ByteDance, que possui sede na China, e afirma que os dados dos seus usuários não são armazenados no país - mesma fala feita ao governo indiano recentemente após uma proibição. De acordo com a fonte da Reuters, não estava claro se Hong Kong agora ficaria inteiramente sob a jurisdição de Pequim à luz da nova lei.
A companhia, agora administrada pelo ex-executivo da Walt Disney, Kevin Mayer, disse que não havia compartilhado nenhum dado de usuário com governos antes e que não atenderia as solicitações. A TikTok também disse anteriormente que não atenderia a nenhum pedido feito pelo governo chinês para censurar o conteúdo ou acessar os dados dos seus usuários.
A região de Hong Kong é um mercado pequeno para o TikTok, segundo "fonte familiarizada com o assunto". Em agosto passado, a empresa informou que havia atraído 150.000 usuários na região. Fang Kecheng, professor assistente da Universidade Chinesa de Hong Kong, disse que a decisão da TikTok destaca o dilema enfrentado pelas empresas chinesas que tentam se internacionalizar.
“Você precisa seguir as políticas locais e tentar não ofender o governo chinês e o público. A separação do TikTok da ByteDance (da Douyin) foi a mesma estratégia.” - Fang Kecheng.
“Você precisa seguir as políticas locais e tentar não ofender o governo chinês e o público. A separação do TikTok da ByteDance (da Douyin) foi a mesma estratégia.” - Fang Kecheng.
Outras empresas de tecnologia, incluindo o Facebook, estão suspendendo o processamento de pedidos governamentais de dados de usuários na região chinesa.
Via: GSMArena Fonte: Reuters