A International Solid Waste Association (ISWA) publicou um relatório informando que no ano de 2019 o mundo bateu o recorde de produção de lixo eletrônico com 53,6 milhões de toneladas. Esse número é equivalente à produção de lixo eletrônico de 7,3 quilos por habitante no período de um ano. Na Europa, esse número chegou a 16,2 quilos por habitante. A ISWA é uma associação internacional sediada na Áustria, não governamental e sem fins lucrativos que trabalha para promover e desenvolver os cuidados com resíduos sólidos ao redor do mundo.
Relatório - Monitor Global de Lixo Eletrônico ISWA
O relatório publicado pela ISWA é parte do programa Global E-waste Monitor 2020, criado em parceria com a Universidade das Nações Unidas (UNU), o Programa SCYCLE e a União Internacional de Telecomunicações (ITU). De acordo com a pesquisa no relatório anual, especula-se que em 2030 o mundo deverá produzir um total de 74 milhões de toneladas de lixo eletrônico - quase o dobro em apenas 16 anos.
Reprodução: Assespro-MG
A associação também afirma que, com esses números, o lixo eletrônico é o tipo de lixo doméstico que mais cresce no mundo, alimentado principalmente por cada vez mais o consumo de equipamentos elétricos e eletrônicos, ciclos de vida curtos e poucas opções de reparo. Em 2019, apenas 17,4% do lixo eletrônico foi coletado e reciclado. Ouro, prata, cobre, platina e outros materiais recuperáveis de alto valor avaliados em US$ 57 bilhões (caso fossem totalmente reciclados) foram principalmente descartados ou queimados, em vez de coletados para tratamento e reutilização.
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"Deve-se registrar que materiais extremamente perigosos para a saúde e para o meio ambiente, especialmente os provenientes de telas e baterias, também compõem esse lixo. Além disso, boa parte do pouco que é reciclado, é feito de forma manual, sem qualquer cuidado com a saúde dos trabalhadores envolvidos", explicou em comunicado de imprensa Vivaldo José Breternitz (Linkedin), Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo e professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
RECICLAGEM DE ELETRÔNICOS
Componentes eletrônicos devem passar pela reciclagem. Os produtos são tratados de modo a possibilitar a recuperação de seus recursos como os metais preciosos (prata, ouro, platina) e os metais base (cobre, latão, alumínio, ferro). A Lei 12.305/2010 estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos, determinando que as empresas devem destinar de maneira ambientalmente responsável os seus resíduos.
Além das empresas, a reciclagem de lixo eletrônico doméstico também é importante para meio-ambiente e reaproveitamento de matéria-prima. É por isso que no Brasil existem os postos coletores, mercados e revendedores de produtos eletrônicos que aceitam os Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (REEE). "Apesar de não possuir uma alta tecnologia de reciclagem, o país inicia essa caminhada para intervir na crescente produção de lixo eletrônico", explica o portal eCycle.
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Fonte: Reciclo, ISWA, e-Cycle