Leitura Rápida
- As baterias de sódio já haviam sido apresentadas pelos cientistas responsáveis pelo desenvolvimento
- Elas usam modelos mais baratos que as de lítio, apresentando resultados semelhantes
- Apesar disso, ainda apresentavam algumas desvantagens em relação aos de lítio
- O principal deles é que elas não conseguiam armazenar tanta energia quanto as baterias de íons de lítio
- Os pesquisadores conseguiram alterar isso e agora os protótipos conseguem reter 80% da carga, mesmo após mil ciclos
Em 2019, os cientistas que criaram um protótipo de bateria com base de íons de sódio, ganhou o premio Nobel de Química. Um novo modelo testado se mostra superior aos de lítio. Ele consegue reter 80% da carga, mesmo após mil ciclos. Um dos principais fatores que pode fazer a bateria ser substituída, é o fato dessa nova usar materiais mais baratos e abundantes no ambiente.
Os responsáveis pelo desenvolvimento do novo protótipo são Pesquisadores da Universidade Estadual de Washington e do Laboratório Nacional do Noroeste do Pacífico, nos EUA. Eles mostraram que suas novas baterias são tão eficientes quanto as de lítio, tendo a produção com custos consideravelmente menores.
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Atualmente, as baterias - que integram smartphones, tablets, notebooks e outros dispositivos -, são construídas com lítio. Ela oferece atualmente o melhor resultado entre custo, desempenho e densidade energética. Alguns pontos negativos dessas baterias é sua instabilidade. Diversos dispositivos já explodiram e pegaram fogo. Grande responsável por isso é o lítio, que é sensível a perfurações, sobrecargas e estufamentos.
Essa bateria já tinha sido apresentada, e seus benefícios já são conhecidas. Apesar disso, ainda não foram usadas pela indústria. Isso porque elas não conseguiam armazenar tanta energia quanto as baterias de íons de lítio e apresentavam problemas na recarga.
Os cientistas trabalharam para resolver esse problema. Eles criaram um cátodo de óxido metálico em camadas e um eletrólito líquido, contendo íons de sódio extras para melhorar a interação com o cátodo. O eletrólito foi desenvolvido pensando em evitar a formação de cristais de sódio. Assim, é possível fazer o movimento contínuo de íons e a energia pode ser gerada sem empecilhos.
Os materiais usados nessa bateria são mais simples, amplamente encontrados na crosta terrestre. Além de ser mais barata, também evita a extração, muitas vezes em condições sub humanas, de materiais difíceis de ser encontrados. Os pesquisadores estão aprimorando a bateria para que ela tenha um melhor funcionamento. É esperado que em pouco tempo esse modelo substitua as baterias de lítio.
Via: SlashGear