A Autel e a DJI vêm brigando na justiça dos EUA pelo mesmo motivo que toda empresa de tecnologia acaba brigando: processos contra o uso de patentes. A Autel processa a DJI por diversas tecnologias que ela afirma serem suas e acusa a empresa chinesa de plágio. Mas, nos resultados mais recentes de sua briga jurídica, é a dona do Mavic que acabou saindo numa importante vantagem.
O caso se refere à patente número 9.260.184, da Autel. A patente descreve a maneira que rotores são conectados ao drone e como os "braços" suportando esses rotores se dobram sobre o corpo do drone. Na semana passada, a ITC dos EUA - U.S. International Trade Comission - considerou que a DJI realmente viola essa patente e decidiu por um duro golpe contra a fabricante chinesa de drones: a proibição da importação de todos os drones que violariam a patente em questão. E são muitos:
- Mavic Pro
- Mavic Pro Platinum
- Mavic 2 Pro
- Mavic 2 Zoom
- Mavic Air
- Spark
Se a proibição tivesse sido levada adiante teria deixado a DJI em maus lençóis, principalmente por causa do Mavic 2, seu atual carro chefe no portfólio. Por isso que a empresa levou o caso adiante, para um tribunal de apelos.
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Ontem, dia 22, foi decidido que a patente da Autel não foi violada porque, na verdade, se refere a uma tecnologia não patenteável. Não só isso, o tribunal declarou ainda que duas outras patentes da Autel também não podem existir porque se referem a tecnologias não patenteáveis:
- Número 7.979.174, sobre tecnologia de desvio de obstáculos
- Número 10.044.013, sobre o encaixe de baterias no drone
A decisão é muito favorável à DJI, que não pode ser processada por violar patentes que não deveriam existir. A empresa responsável por sua defesa na justiça, Finnegan, fez a seguinte declaração sobre essa decisão mais recente:
"No fim das contas a Comissão pode decidir que a Autel não merece indenização alguma, mas no mínimo, a Comissão dificilmente vai reforçar qualquer ordem de exclusão ou ordem de cessar e desistir baseadas nas três patentes inválidas. As vendas da DJI nos EUA, então, não serão afetadas pelas acusações da Autel."
"No fim das contas a Comissão pode decidir que a Autel não merece indenização alguma, mas no mínimo, a Comissão dificilmente vai reforçar qualquer ordem de exclusão ou ordem de cessar e desistir baseadas nas três patentes inválidas. As vendas da DJI nos EUA, então, não serão afetadas pelas acusações da Autel."
Fonte: DroneDJ