O governo dos Estados Unidos ampliou as sanções contra a fabricante de smartphones Huawei, em meio a uma escalada da sua guerra fiscal contra a China. O objetivo do gabinete de Donald Trump é impedir que a empresa utilize chips de empresas dos EUA em seus equipamentos de telecomunicações – em especial aqueles de infraestrutura, como antenas de internet 5G.
Desmonte do Mate 30 mostra que Huawei trocou peças dos EUA po...
Fabricante teve que improvisar com fornecedoras desconhecidas após embargo de Trump
A nova regra foi revelada pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos e dá ao país a autoridade de exigir a apresentação licenças especiais na venda para a Huawei de semicondutores feitos com tecnologia estadunidense. Isso serviria até mesmo no caso de chips fabricados fora dos Estados Unidos, mas que tenham tecnologias de empresas norte-americanas.
"Isso coloca a América [EUA] primeiro, as companhias americanas primeiro e a segurança nacional americana primeiro".
Porta-voz do Departamento de Comércio dos Estados Unidos
Essas informações trouxeram repercussões negativas empresas europeias, que tiveram suas ações desvalorizadas durante a sexta-feira, dia 15 de maio. Fabricantes de equipamentos de chips como a Lam Research e a KLA Corp tiveram quedas de 6,4% e 4,8% nas receitas, respectivamente.
Fonte: Departamento de Comércio dos EUA
O governo da China foi rápido para se manifestar em resposta a essa nova sanção. Segundo o jornal chinês Global Times, o gabinete do presidente Xi Jinping está pronto para colocar empresas dos Estados Unidos numa lista de entidades não confiáveis.
A Huawei é a segunda maior fabricante de equipamentos de telecomunicações do mundo, e foi escolhida pelos governos de alguns países para implementar a infraestrutura de internet 5G. Até agora, os representantes da empresa não responderam a pedidos de comentários sobre o assunto.
"Existia uma brecha muito técnica através da qual a Huawei poderia, em efeito, usar tecnologia dos Estados Unidos usando fábricas estrangeiras. Essa mudança de regra foi uma coisa altamente customizada para tentar corrigir essa brecha".
Wilbur Ross, secretário de comércio dos Estados Unidos