Leitura Rápida
- A DJI homologou dois modelos do seu drone Mavic Air 2
- Um modelo possui a tecnologia AirSense ADS-B (que identifica aeronaves tripuladas) e outro vem sem essa funcionalidade
- O modelo brasileiro está sem a tecnologia
- A empresa disse que isso aconteceu devido a pandemia de Covid-19, que limitou a fabricação dos sensores
- Para não adiar o lançamento do drone, a empresa optou por ofertar modelos com o ADS-B apenas para o mercado norte-americano
- Em outros mercados, como no brasileiro, essa medida é optativa para as aeronaves, tornando a tecnologia menos útil
A DJI já tinha feito um comunicado informando que todos os drones, com mais de 250 gramas, fabricados em 2020, teriam a tecnologia AirSense ADS-B. Essa funcionalidade detecta outras aeronaves, como aviões e helicópteros e informa ao usuário a presença delas, desde que as mesmas também tragam esses sensores. Assim, os voos ficam mais seguros, diminuindo a possibilidade de acidentes de colisão entre um drone e uma aeronave tripulada. Apesar disso, a empresa homologou dois modelos do Mavic Air 2 (que tem mais de 250g), uma versão sem o ADS-B e outra com.
O primeiro lote do Mavic Air 2 não será igual para todo o mundo. A empresa selecionou apenas a América do Norte para receber o drone com AirSense ADS-B. Isso descumpre o anúncio feito pela própria empresa, que informava que todos os modelos teriam a tecnologia. A DJI explica - em uma nota de rodapé, com letras bem pequenas -, em seu comunicado de imprensa, o motivo pela decisão.
"Devido à escassez da cadeia de suprimentos relacionada à pandemia de coronavírus, as unidades Mavic Air 2 equipadas com o AirSense ADS-B estarão inicialmente disponíveis apenas na América do Norte. Uma versão do Mavic Air 2 estará disponível fora da América do Norte sem o ADS-B. Os dois modelos são idênticos em todos os outros aspectos, como desempenho de voo e imagem." - Comunicado de imprensa da DJI
"Devido à escassez da cadeia de suprimentos relacionada à pandemia de coronavírus, as unidades Mavic Air 2 equipadas com o AirSense ADS-B estarão inicialmente disponíveis apenas na América do Norte. Uma versão do Mavic Air 2 estará disponível fora da América do Norte sem o ADS-B. Os dois modelos são idênticos em todos os outros aspectos, como desempenho de voo e imagem." - Comunicado de imprensa da DJI
A empresa explicou que a intenção era que todos os drones fossem equipados com o ADS-B. Apesar disso, a produção foi interrompida devido a pandemia de Covid-19. Isso obrigou que a empresa tomasse uma atitude. Uma possibilidade era adiar o lançamento do drone e, uma outra opção, era apresentar dois modelos.
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A empresa optou pela segunda opção. Como mencionado pela DJI, todos os demais aspectos são idênticos. A única alteração feita entre os modelos vendidos é a presença, ou ausência do ADS-B.
A escolha de oferecer a tecnologia apenas para a América do Norte, se deu pelas leis implementadas nesses países. A regulamentação para aeronaves nos EUA é extremamente rígida e obriga uma série de medidas de segurança extra, que são optativas em outros países.
Para que o ADS-B funcione, as aeronaves precisam estar equipadas com o sistema. Assim, o recurso consegue identificá-las. Caso contrário, não há como o drone ter a informação, tornando a funcionalidade sem muita utilidade. Isso é o que acontece no Brasil. Nem todos os aviões e helicópteros possuem o sistema. Isso tornaria o recurso útil em muitos casos, mas não seria 100% funcional.
Por esse motivo, a DJI resolveu retirar o recurso para esses mercados, mantendo para a América do Norte, onde todas as aeronaves são obrigadas a utilizar o sistema. Assim, o AirSense ADS-B é destinado a mercados que ele será realmente efetivo. Enquanto os países que o recurso não seria totalmente eficaz, aguardará os próximos modelos.
Fonte: DJI