O isolamento social promovido para combater a pandemia do COVID-19, também conhecido como coronavírus, resultou na popularidade de um novo formato de lives: os "pocket shows" de cantores famosos. Aqui no Brasil foram principalmente os sertanejos que movimentaram milhões de visualizações e, assim, acabaram atraindo também gente mal intencionada que viu no momento uma oportunidade de fazer dinheiro desonesto.
Quem vive no YouTube já deve estar acostumado com o fenômeno de "replicação" de lives, em que um evento muito famoso está sendo transmitido e algumas pessoas fazem a retransmissão desse conteúdo em seus próprios canais, para somar views e muitas vezes promover links maliciosos. Com a febre de lives de cantores sertanejos por aqui, que em certa medida foi iniciada por Gusttavo Lima e depois seguida de outros grandes nomes como Marília Mendonça e Bruno e Marrone, não teria sido diferente. O pessoal do G1 apelidou a prática de "gatonet de lives".
Mas, dessa vez, os golpistas aproveitaram também a preocupação com a pandemia e criaram contas falsas para pedir doações que, supostamente, seriam destinadas a famílias vítimas do coronavírus. A ideia é aproveitar os internautas mais distraídos ou menos entendidos de tecnologia que poderiam acreditar estar no canal oficial de seu cantor preferido e, por isso, teriam fé que suas doações realmente seriam destinadas para uma boa causa. Mas na realidade não se sabe onde esse dinheiro foi parar. Segundo informações vindas do G1, a produção de alguns dos artistas estima que as lives falsas possam ter chegado num pico de mais de 1,5 milhão de views simultâneas.
“Quer saber, acho muita sacanagem (...) Num momento deste, a pessoa está fazendo 'engenharia para roubar'! Espero que haja uma maneira de inibir esta papagaiada, ficaria muito feliz."
Marília Mendonça, em declaração ao G1
“Quer saber, acho muita sacanagem (...) Num momento deste, a pessoa está fazendo 'engenharia para roubar'! Espero que haja uma maneira de inibir esta papagaiada, ficaria muito feliz."
Marília Mendonça, em declaração ao G1
O YouTube também foi contatado para comentar o caso, e se isentou de qualquer culpa relativa à situação. Em nota, declarou que "reivindicações relacionadas a direitos autorais cabem aos proprietários do material e o YouTube oferece diversas ferramentas".
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De todo modo, esses "gatonet de lives" sempre existiram e não devem ir embora tão cedo. É importante orientar seus conhecidos menos experientes com internet a sempre acompanharem o trabalho de seus cantores preferidos em seus canais oficiais, que na maioria das vezes podem ser identificados pela presença do pequeno sinal de "certo", indicando uma conta verificada.
Fonte: G1