Um novo relatório, feito pelo Recording Industry Association of America (RIAA), mostrou que a indústria da música teve um crescimento de 13% em 2019, nos EUA. Isso representa um aumento significativo em lucros, saindo de US$9.8 bilhões para US$ 1.1 bilhões. Segundo os dados levantados pelo RIAA, o grande responsável por esse crescimento são os serviços streaming.
Dentre os classificados como serviços de streaming não estão apenas os mais conhecidos, como o Spotify e o Apple Music. Nos EUA as rádios também são muito ouvidas, sendo que muitas delas migraram para o sistema digital. Elas oferecem músicas gratuitas, mas com anúncios entre a programação. Esse estilo também entra na contagem, assim como o YouTube e Vevo e as opções grátis dos serviços.
A RIAA afirma que "somente o mercado de streaming em 2019 foi maior do que todo o mercado de música gravada nos EUA 2 anos atrás, em 2017." As assinaturas premium dos serviços também contribuíram para o aumento no mercado da música. O relatório mostra que as receitas totais de assinatura de 2019 foram de US$ 6,8 bilhões. O que representa um aumento de 25% em relação a 2018. Comparada com a receita total de músicas gravadas nos EUA, o aumento foi de 61%.
Os gráficos acima deixam nítida a vantagem que os serviços de streaming estão tendo em relação aos demais formatos. Enquanto todos os demais formatos juntos somam pouco mais de 20% do mercado de música atual, o streaming sozinho mantém 79% do cenário.
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Separando por categorias, as assinaturas pagas são a ampla maioria. Os usuários estão optando pagar uma taxa mensal para obter um amplo catálogo de títulos a sua disposição. Mesmo somados, quem opta por rádios grátis e assinaturas não pagas, não chegam a metade dos usuários pagantes. "O número de assinaturas cresceu 29% durante o ano, chegando à uma media de 60,4 milhões. Em comparação, 2018 foram 46,91 milhões".
O aumento das vendas do mercado de música significa diminuição da pirataria. Os streamings estão permitindo que os usuários possam consumir música de forma legal, pagando os direitos autorais, de forma fácil e acessível. As mensalidades são variadas e oferecem condições para os diferentes públicos. Para usar como exemplo, o Spotify oferece planos universitários, que custa metade do valor total. Também há opções para dividir com a família e individuais.
A RIAA atribui o quarto ano consecutivo de crescimento da indústria da música aos serviços de Streaming. O mercado da música nos EUA estava enfrentando uma forte crise desde 2005, conseguindo gerar lucros novamente apenas depois de 2015. Foi uma década de perdas no ramo. Em 2019 os valores ainda não são tão altos quanto no início da decaída. Apesar disso, se o crescimento se manter em 2020, a tendência é a recuperação dos anos perdidos.
Fonte: RIAA