Uma nova descoberta feita por cientistas chineses tem intrigado especialistas. Foi encontrado no outro lado da nossa galáxia um buraco negro monstruoso – tão grande que, teoricamente, "nem deveria existir".
Chamado de LB-1, esse buraco negro fica a 15.000 anos-luz da Terra e tem uma massa 70 vezes maior que o Sol, segundo estudo publicado na revista Nature. Estima-se que a Via Láctea contenha 100 milhões de buracos negros estelares, mas o novo “monstro” descoberto é duas vezes maior do que qualquer coisa que os cientistas acreditavam ser possível, disse Liu Jifeng, professor do Observatório Astronômico Nacional da China, que liderou a pesquisa.
"Buracos negros dessa massa nem deveriam existir em nossa galáxia, de acordo com a maioria dos modelos atuais de evolução estelar", disse Liu Jifeng. "O LB-1 é duas vezes maior do que pensávamos ser possível. Agora os teóricos terão que assumir o desafio de explicar sua formação".
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Os cientistas agora estão tentando entender como o LB-1 ficou tão grande. A equipe chinesa propôs uma série de teorias. Um delas sugere que o tamanho do novo buraco negro possivelmente "não foi formado a partir do colapso de apenas uma estrela". Em vez disso, poderiam ser dois buracos negros menores orbitando um ao redor do outro.
"Essa descoberta nos obriga a reexaminar nossos modelos de como os buracos negros de massa estelar se formam", disse David Reitze, professor da Universidade da Flórida, diretor do Observatório de Ondas Gravitacionais com Interferômetro a Laser (LIGO).
"Essa descoberta nos obriga a reexaminar nossos modelos de como os buracos negros de massa estelar se formam"
Como destaca o site MSN News, estudos recentes dos detectores de ondas gravitacionais LIGO e "Virgo" detectaram ondulações no espaço-tempo causadas por colisões de buracos negros que se fundem para criar novos e maiores. Mas é a primeira vez que um buraco negro dessa magnitude é descoberto na Via Láctea.
"Este resultado notável, juntamente com as detecções LIGO-Virgo de colisões binárias de buracos negros nos últimos quatro anos, realmente apontam para um renascimento em nossa compreensão da astrofísica dos buracos negros", disse Reitze.
Via: CNN, MSN