Índice do Artigo

Ciência

Biólogos usam satélites para monitorar deslocamento de tartarugas na costa brasileira

Pela primeira vez equipe de pesquisa consegue informações sobre a migração destes animais

Biólogos usam satélites para monitorar deslocamento de tartarugas na costa brasileira
Créditos: Foto: Luis Felipe Bortolon/Divulgação

Pesquisadores do Brasil e Estados Unidos conseguiram mapear, via satélite, o trajeto de migração de tartarugas de Fernando de Noronha. De acordo com a reportagem do g1 PE, esta é a primeira vez que o feito é alcançado e o resultado da observação aponta que os animais percorreram, aproximadamente, 800 quilômetros em 10 dias, entre Noronha e Ceará. 

Conteúdo Relacionado
Vídeo mostra bando de pássaros caindo do céu e morrendo de forma inexplicável no México

Vídeo mostra bando de pássaros caindo do céu e morrendo de forma inexplicável no México

O estudo é realizado pela Fundação Projeto Tamar, financiada pela Fundação de Ciência Nacional dos Estados Unidos National Science Foundation (NSF) em conjunto com três universidades norte-americanas: Florida State University, University of MassachusetsOregon State University. O projeto já tem três anos e, ao longo do tempo, os pesquisadores instalaram 20 transmissores para o monitoramento dos animais. 

O motivo dos registros é o destino dos animais e o impacto das mudanças climáticas no sexo da espécie Chelonia mydas, as tartarugas-verdes. O período reprodutivos destes animais é de novembro até junho, quando nascem as tartarugas. 

 

Adaptação às mudanças climáticas 

Armando Barsante, coordenador da pesquisa, pontua que devido ao aquecimento global e o consequente aumento do nível dos oceanos, diversas regiões de desova das tartarugas podem desaparecer. “O estudo pode indicar a mudança de comportamento da espécie, com adaptações e novas áreas de reprodução”, disse Barsante ao g1 PE

Além do monitoramento do trajeto, a equipe de pesquisa também faz a marcação e a coleta de materiais genéticos dos animais. O material genético é enviado aos Estados Unidos e, depois da análise, é possível identificar o grau de parentesco entre os animais e descobrir, inclusive, o pai de cada filhote nascido.

A reportagem ainda aponta que outro objetivo do estudo é saber se há um perfil de macho e se existe algum animal predominante. 

 

Via: g1 PE